Ex-fiéis e seus familiares protestaram ontem (26) de manhã diante do Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, pedindo a condenação do pastor Aldo Bertoni, 85, primaz da Igreja Apostólica.
Bertoni está sendo julgado sob a acusação de abusar das fiéis durante sessão de cura. Ele nega.
Fundada há 50 anos, a igreja tem 200 templos e cerca de 25 mil seguidores em todo o Brasil.
Uma ex-fiel disse que teve relações sexuais com Bertoni porque ele afirmou que precisava curá-la de um câncer no útero. De acordo com ela, o pastor teria dito: “Eu vou soltar algo que vai te curar”.
Após alguns encontros, e como o pastor dizia que ela continuava doente, a ex-fiel se submeteu a exames médicos, que constataram não haver nenhum indício de câncer no útero.
A Apostólica estimula o fanatismo. O "irmão Aldo" é uma figura de adoração e os fiéis acreditam que ele vá com frequência ao céu para conversar com Jesus e uma das fundadoras da igreja, Rosa Alves, a “Vó Rosa”, tia do pastor. Ela morreu em 1970 aos 76 anos de idade vítima de atropelamento.
"Querido irmão Aldo, teu nome sempre será honrado"